LÍQUOR
· Terceiro principal fluído biológico – distribuir nutrientes pelo tecido nervoso e retirar resíduos metabólicos servindo de barreira para amortecimento.
· Produção de aproximadamente 20 ml/h nos plexos coróides, reabsorvido pelos vilos aracnóideos para manter de 140 a 160 ml em adultos e 10 a 60 ml em recém nascidos.
COLHEITA
· Punção lombar ente a terceira e a quarta ou entre a quarta e a quinta vértebra lombar – três tubos estéreis:
Ø tubo 1 para análises bioquímicas e sorológicas;
Ø tubo 2 para microbiologia;
Ø tubo 3 para contagem celular;
OBS: se possível retira-se um quarto tubo para a microbiologia.
· Aparência – normalmente cristalina – pode revelar diagnóstico!
Ø Terminologia: cristalino, opaco ou turvo. Leitoso, xantocrômico e sanguinolento.
· Se estiver muito sanguinolento, pode haver possibilidade de hemorragia intracraniana ou pode-se ter atingido um vaso durante a punção.
Ø Distribuição desigual do sangue: o sangue de uma hemorragia cerebral distribui-se com uniformidade por todos os tubos, enquanto o de trauma terá maior concentração no tubo 1.
Ø Formação de coágulos: o colhido de punção traumática pode coagular, já o de hemorragia intracraniana não contém fibrinogênio suficiente para coagular.
Ø Sobrenadante xantocrômico: em geral, a hemólise começa em aproximadamente 2 horas, mas se observaria um sobrenadante xantocrômico se o sangue ficasse no LCR mais tempo do que o transcorrido numa punção traumática, já que uma hemorragia muito recente produziria sobrenadante transparente.
CONTAGEM CELULAR
· Deve ser feita imediatamente já que os leucócitos – principalmente os granulócitos, e as hemácias começam a lisar-se em uma hora, e 40% dos leucócitos se desintegram depois de duas horas.
Ø Adulto contém de 0 a 5 leucócitos por microlitro.
Ø Recém-nascidos – normal uma contagem de até 30 células mononucleares por microlitro.
OBS: examinar todas as células em microscópio!
ü Fórmula de Neubauer – contagem de células no LCR
N° de células contadas x diluição = células / µl
Nº de quadrantes contados x vol. de 1 quadr.
OBS: amostras diluídas e não diluídas!
· Amostras transparentes: contagem sem diluição!
· Contagem de leucócitos: antes de fazer, sendo diluída ou não, é necessário lisar as hemácias!
· Contagem diferencial: feita em esfregaço corado e não a partir da câmara de contagem! – Deve-se contar 100 células, que serão classificadas.
Ø Adultos normalmente tem mais linfócitos que monócitos, enquanto monócitos predominam nas crianças! É anormal um número elevado de neutrófilos, assim como a presença de leucócitos imaturos, eosinófilos, plasmócitos, macrófagos, grande número de células teciduais e células malignas!
ü Grande presença de leucócitos, principalmente neutrófilos – indício de meningite bacteriana!
ü Contagem de leucócitos moderadamente elevada, linfócitos e monócitos altos – indício de meningite viral, tuberculosa, fúngica ou parasitária.
ü Contagem celular baixa com muitos linfócitos – indício de esclerose múltipla!
ü Grande número de macrófagos que contenham hemácias – indício de hemorragia prévia.
ü Grande número de eosinófilos - infecções parasitárias, reações a proteínas estranhas e disfunções.
ü Hemácias nucleadas – contaminação da medula por punção.
ü Estruturas capilares e células endoteliais – punção traumática.
ü Reação mista de linfócitos, neutrófilos, monócitos e células mesoteliais – meningite viral, tuberculosa, fúngica e estágios finais da meningite bacteriana.
ü Células blásticas e leucócitos imaturos – comprometimento do SNC em leucemias e linfomas!
ANÁLISES CLÍNICAS
· Proteínas:
Ø Concentração normal: 15 a 45 mg/dl.
Ø Valores elevados na meningite, hemorragia e esclerose múltipla.
· Glicose
Ø Valor normal: 60 a 70% da concentração plasmática.
Ø Níveis reduzidos na meningite bacteriana e tuberculosa;
· Lactato
Ø Níveis superiores a 25 mg/dl observados na meningite bacteriana, tuberculosa e fúngica.
· Glutamina
Ø Concentração normal: 8 a 18 mg/dl.
Ø Com níveis superiores a 35 mg/dl ocorre algum distúrbio de consciência.
· Desidrogenase láctica
Ø Isoenzimas LD1 e LD2 – tecido encefálico.
Ø Isoenzimas LD2 e LD3 – linfócitos.
Ø Isoenzimas LD 4 e LD 5 – neutrófilos.
MICROBIOLOGIA
· Indentificar a etiologia da meningite.
SOROLOGIA
· Dianosticar sífilis terciária ou neurossífilis.
· O método recomendado é o VDRL (Venereal Disease Research Laboratories).
Ótima matéria!!
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